gente humilde
Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Como um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar
Chico Buarque
2 Comments:
atão? está-te a dar forte e feio, ãh?! já experimentaste o fiambrinho? nã resulta? e bacon? e häagen-dazs?
;)
"Ajunta-te" com os imigrantes, vai a cafes ver a bola, come comida portuguesa (seja fiambre ou outros), vibra com a selecção, vai à embaixada de Portugal, pensa q quase quase estás na Patria outra vez, mas até lá brinca aos RP e disfruta esse país. Beijos grandes
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